sábado, 4 de julho de 2009

Jogador rouba do mundo virtual para pagar dívidas reais

Diante de dívidas no mundo real, uma pessoa que costumava ser confiável em um popular jogo online roubou dinheiro do banco virtual que dirigia e o converteu em dinheiro real no mercado negro. Diferente do Second Life, o EVE on-line não permite a livre negociação de valores por créditos do jogo.

O "crime" ocorreu no EVE Online, um jogo que conta com mais de 300 mil assinantes, cada um pagando 15 dólares ao mês para jogar. Eles ganham riqueza por meio de trabalho árduo, manipulações de mercado ou eliminação de rivais em um futuro distante no qual os seres humanos colonizaram as estrelas.

O EBank é a maior instituição financeira do EVE, com milhares de depositantes e está no centro do escândalo.

"Basicamente, o personagem dele é uma das pessoas que dirigem o EBank há algum tempo. Ele tirou dinheiro (virtual) do banco e o trocou por dinheiro real", disse Ned Coker, da CCP, a companhia islandesa que desenvolveu o jogo.

O presidente-executivo do EBank, um australiano de 27 anos que trabalha no setor de tecnologia e se identificava apenas como Richard, desfalcou o banco em cerca de 200 bilhões de créditos interestelares, a moeda virtual do jogo.

O jogador, que era conhecido online como Ricdic, violou as regras do jogo ao vender os fundos virtuais roubados por 5,1 mil dólares. Ele vendeu o dinheiro virtual para jogadores que preferem comprar créditos em vez de ganhá-los jogando.

"Foi uma decisão tomada por impulso", explicou o jogador, casado e pai de dois filhos, em uma entrevista.

Ele afirmou que recebeu um spam sobre um site de troca de créditos por dinheiro real e aproveitou a oportunidade para cobrir o depósito de sua casa e despesas relacionadas a problemas médicos de seu filho.

"Vi um caminho que poderia tomar e decidi que desfalcaria o banco para resolver (dificuldades) na vida real."

Informações sobre o roubo logo se espalharam pelo mundo de EVE. Usuários em pânico começaram uma corrida ao banco, preocupados com a possibilidade de perder o dinheiro acumulado caçando piratas ou minerando asteroides.

Ironicamente, se ele tivesse apenas roubado o dinheiro online, Ricdic poderia continuar no jogo. Mas ao trocá-lo por dinheiro real, ele violou as regras e a CCP suspendeu sua conta.

Origem: Reuters

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O Second Life fez 6 anos!!!

E como não poderia deixar de ser, houve uma mega-festa no mais puro estilo da segunda vida! Um continente gigante, com 21 ilhas (regiões), foi o centro das atenções, onde estão expostos os melhores trabalhos existentes no Metaverso da Linden Labs.


Caso o vídeo não funcione clique aqui.


A data oficial de aniversário do SL foi 23 de junho de 2009, quando completou 6 anos de criação. Philip Linden (na vida real Philip Rosedale, criador do mundo virtual) fez o pronunciamento de abertura do evento e deu ênfase à fase atual em que vive seu mundo, mais maduro e focado nas necessidades internas do universo virtual. Não aparentou nenhuma preocupação pelo fato do Second Life estar um pouco afastado da mídia, pelo contrário, demonstrou que o planejamento segue totalmente dentro do que foi previsto.

Ainda é possível visitar o belíssimo continente criado para celebrar os 6 anos do Second Life, clique aqui.

Inúmeras atrações ocorreram na última semana, palestras, festas com DJ's internacionais, distribuição de brindes, sem falar que as construções da SL6B são belíssimas e muitas delas totalmente interativas. Vale a pena visitar, ainda nesta semana. De acordo com a Linden Lab, o continente permanecerá aberto até dia 6 de julho, porém todos os eventos oficiais encerraram-se no último dia 29 de junho. Ainda dá tempo de visitar os cenários futuristas e construídos com alto grau de qualidade.


Origem: http://www.mundolinden.net/

terça-feira, 30 de junho de 2009

Second Life x Twitter, comparando o incomparável

Cada vez que a "bolha" enche, é difícil resistir às previsões, comparações e outras adivinhações. O crescimento gigantesco do Twitter é, como era de se prever, acompanhado de opiniões especializadas sobre o presente, futuro e até seu passado (que ninguém sabe onde está, talvez nos blogs como este...).

Publicam-se números e gráficos de linhas oblíquas tentadoras, discorre-se sobre tecnologia, comunicação, sociologia, psicologia, economia, gestão, marketing, e fazem-se... comparações!
Como se a prática de comparar validasse o que fosse, sobretudo quando se tenta comparar o incomparável.

Desta vez a publicação de dois textos comparando Second Life com Twitter (!) em sentidos opostos chamou a minha atenção. Não tanto pelos títulos apelativos, mas sobretudo pelo enorme equívoco que constitui a coleção de argumentos que defendem duas aplicações de características e objetivos tão distintos.

Pela voz de Chris Abraham do Advertising Age surge a ideia de que "Twitter tem o que Second Life não tinha: é leve, é barato, é um sistema aberto (e por isso vai sobreviver ao hype)".

Em resposta, Wagner James no seu blog New World Notes argumenta: "Second Life é o que Twitter não é: original e único, 'pegajoso' e rentável".

Vale a pena ler os respectivos artigos e verificar que a argumentação de ambos faz sentido, desde que não utilizada para os comparar descaradamente.

É como comparar um sabonete com uma fatia de queijo, reconhecendo as diferentes qualidades de ambos, mas esquecendo que (em princípio) nem vamos comer o sabonete com goiabada, nem vamos lavar as costas com um pedaço de queijo!

Origem: Discursos D'Outro Mundo
("Blogue" do Professor Paulo Frias, Universidade do Porto)